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Inteligência artificial já é realidade no mercado de seguros

Nesta quarta-feira, dia 31 de outubro, aconteceu a quarta etapa da série de eventos promovida pela Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS) sobre tecnologia. A palestra de hoje teve como tema a inteligência artificial no seguro.

Osmar Bertacini, presidente da APTS, fez a abertura do evento e ressaltou a parceria com a Escola Nacional de Seguros que tem proporcionado a realização dessa série. “O mercado de seguros é dinâmico e estamos procurando oferecer palestras e seminários atuais”, afirmou. Integrante da diretoria do Sincor-SP, Bertacini disse que a presença do corretor de seguros vai existir sempre. “Seguro é um produto intangível e a presença do corretor é fundamental”, afirmou.

No mercado de seguros, a Inteligência Artificial (IA) já é utilizada por seguradoras e corretoras de seguros para a realização de várias tarefas, como atendimento ao cliente, cotação e emissão de apólices, entre outras coisas.

No atendimento ao cliente, essas ferramentas inteligentes aprendem as diversas maneiras de se comunicar com humanos, interpretando e captando emoções ou o estado de espírito dos participantes da conversa.

Evaldir Barbosa, integrante da diretoria da APTS e mentor do Clube dos Corretores de São Paulo, fez a apresentação dos palestrantes e destacou que a tecnologia é uma ferramenta que vai facilitar o dia a dia. “Temos de saber que tecnologia é aplicada a cada profissional”, afirmou.

O primeiro palestrante foi Roberto Celestino, líder de vendas da IBM Watson. Ele apresentou as aplicações da inteligência artificial e lembrou que hoje vive-se em um ambiente transformacional. “As pessoas geram dados constantemente seja tirando fotos ou enviando mensagens. Cada vez mais há novas fontes de dados como casa conectada, pulseiras que medem batimentos cardíacos”, exemplificou.

Ele disse ainda que 90% dos dados gerados hoje foram gerados nos últimos dois anos. Eles são não estruturados (vídeos, fotos,) ou seja, não estão organizados em uma planilha. “São publicados 2,5 milhões de artigos científicos em inglês por ano. Quantos artigos você lê por dia?”, questionou ele aos presentes. Ele lembrou que os seres humanos têm limitações. “Os dados gerados estão crescendo de maneira exponencial. Todas as empresas e setores têm interesses em fazer uso de inteligência artificial”, revelou.

Em seguida, ele falou do funcionamento do Watson, da IBM. “É uma plataforma de inteligência artificial com várias peças que podem ser usadas de maneira específica”, disse. Ele explicou que há ferramentas para criação de agentes virtuais (“para tirar dúvidas ou acelerar a venda”) ou facilitar o processo de interação por voz, por exemplo. “São diversas peças que podem ser usadas de diversas formas”, definiu.

O executivo da IBM revelou que a inteligência artificial pode ser usada em diversas áreas. Ele compartilhou a experiência da própria IBM que usa inteligência artificial para help desk e no RH para esclarecimento de dúvidas dos colaboradores. Celestino falou da Bia, a inteligência artificial do Bradesco. Ele revelou que ela começou como forma interna de atender os gerentes do banco e expandiu para os clientes finais. Na SulAmérica, disse Celestino, o uso da inteligência artificial redefiniu a experiência dos clientes de seguros e trouxe agilidade no atendimento ao corretor para tirar dúvidas. “O tempo de atendimento foi reduzido em 90%, isso traz benefícios para o processo de vendas”, disse ele.

Celestino finalizou sua apresentação dizendo que inteligência artificial é uma jornada e cada empresa escolhe por onde iniciar a sua.

Celso Malachias, diretor da DNA Hunter, fez uma abordagem interessante sobre Inteligência artificial e o emprego. Segundo ele, os seres humanos costumam tomar como base as experiências para tomar decisão. “A gente vê o que a gente quer ver (consciente ou inconsciente). Qualquer evento pode ser interpretado como sendo bom ou ruim”, disse ele.

Ele elencou as inovações tecnológicas que desempregam: Foxbot (robôs da Foxconn); Colheita automática na agricultura; drones para monitoramento de plantações; blockchain “Essas mesmas tecnologias também podem empregar. Os conhecimentos são diferentes quando surge uma inovação”, destacou.

Ele destacou que o corretor de seguros pode aproveitar ferramentas de dados do mercado para determinar preços ou aprofundar relacionamentos. “O mundo está sempre mudando assim como as empresas e os indivíduos”, disse ele. Thomas Conti, professor no Insper e na Unicamp; e Leonardo Rochadel, CEO & Founder da O2O Bots.

É preciso divulgar o seguro em sua essência com campanhas institucionais para que a sociedade perceba e entenda a importância. A mensagem dos benefícios do seguro é que devem ser transmitidas nas palestras e seminários. (bertacini)    

Thomas Victor Conti, professor do Insper e Leonardo Rochadel, da O2Oboots também participaram do evento. Conti diferenciou estatística e ciência de dados. “Estatística sempre foi um pilar central dos seguros e tem como objetivo resumir séries de dados de forma fidedigna.

Enquanto ciência de dados, programa rotinas de análise e comunicação e ajuda a realizar previsões. Em ciência de dados é importante gerir e limpar bases de dados (90% do trabalho)”, disse. Já Rochadel destacou que os robôs com inteligência artificial podem ajudar a empoderar os canais de distribuição de seguros, o corretor. Ele disse que uma das razões para se usar inteligência artificial são os novos hábitos s dos consumidores. “O cliente deseja respostas rápidas a qualquer hora e lugar; a noção do horário comercial é outro, o cliente não quer mais receber ligação a qualquer hora e não quer mais usar aplicativo instalado no smartphone e esse mesmo cliente todo dia interage com um aplicativo de mensagem”, elencou. Rochadel vê o uso da tecnologia para ser “um assistente pessoal para cada corretor de seguros que alimenta o funil de venda e capta o usuário on-line”, disse.

No mês de novembro, deve acontecer o último encontro promovido pela APTS para discutir tecnologia. Todos os eventos que aconteceram durante o ano lotaram o auditório da Escola Nacional de Seguros que foi a parceira da APTS para a realização dos eventos.

 

FONTE: https://www.cqcs.com.br/noticia/inteligencia-artificial-ja-e-realidade-no-mercado-de-seguros/

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